domingo, 27 de julho de 2008

Diário de Bordo 26/07/08.

Ontem 26/07/08, saímos de casa as 10h00min, e chegamos à marina às 10h30min. O pessoal que comprou o veleiro Zen estava lá preparando o barco para sair no motor, o vento estava fraco então pedimos para o Luís nos largar na água e depois montaríamos as velas. A maré estava alta não sendo necessária a manobra pelo canal. Logo avistamos os pingüins que nesta época do ano saem da Patagônia Argentina e entram em rota de migração. Eles seguem as correntes de água geladas que vem da Antártida e chegam ao litoral do Brasil, principalmente na Região Sul, e não eram poucos, no mínimo 30 estão em Porto Belo, ficamos admirando os animais que estavam alimentando-se. Montamos as velas e saímos com vento de través, porém bem fraco, velejando em torno dos pingüins em frente à ilha de Porto Belo, a cena era linda, esses animais são ótimos mergulhadores e nos propiciavam um show à parte. O vento melhorou e a velejada ficou ótima. Resolvemos partir para o caixa d aço às 13h30min, liguei o motor e baixamos a vela de proa, seguindo no contra vento, me posicionei de maneira a aproveitar o vento da melhor maneira desligando o motor, mas o contra vento não estava fácil, pois o vento aumentou bastante, velejamos até onde dava e resolvi baixar a mestra e fui motorando até o caixa d aço. Chegando lá avistamos dois veleiros de bandeira francesa com três tripulantes e um cachorro, ancoramos perto deles e começamos arrumar algumas coisas no barco. Em seguida buscamos o irmão da Sabrina e a Andréia no Píer do Araçá (Prainha), e fomos para o bar flutuante do Eric, logo os Franceses chegaram e trocamos uma idéia, eles partiram da França para o Brasil, depois iam para Buenos Aires e Patagônia. As 4h seguimos para Marina motorando.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Porto Belo...

"A realidade nunca está longe dos sonhos" (Jacques Yves Cousteau)

Fotos...

quarta-feira, 23 de julho de 2008

"Livro da Fábrica das Naus"

O "Livro da Fábrica das Naus" tem data de 1580 e é uma tradução de uma obra anterior do padre Fernando Oliveira, a "Ars Nautica", escrita em latim, mas nunca publicada. Fernando Oliveira nasceu por volta de 1507 em Aveiro e estudou na Universidade de Évora, onde se tornou padre dominicano. Em 1536 estava em Lisboa e publicou o seu primeiro livro, em Português. Por volta de 1540 partiu para Génova, desconhecendo-se se lá chegou, pois foi feito prisioneiro por uma galera francesa que atacou um navio em que seguia, mas conseguiu ser admitido como piloto, tendo servido nessa profissão alguns anos, na França. Em 1546 o seu barco foi tomado pelos ingleses, sendo feito de novo prisioneiro e levado para Inglaterra, onde desempenhou funções diplomáticas para a corte. Alguns autores sugerem que em várias ocasiões terá servido como espião,mas não existem provas disso. (...) E mais, as proas delgadas çafurdam mais que as largas. Também para romper o mar é melhor a proa larga, e pesada [-] aplicar o que diz Aristóteles, que todos os animais que têm as partes dianteiras mais pesadas, por isso nascem com elas por diante, porque o peso delas rompe e abre caminho. Mas porque a grossa parece contra razão, abrir melhor o caminho, que a delgada, quero alegar alguns exemplos, nos quais a natureza, e a experiência mostram ser isto conforme a razão, e não contra ela. O primeiro se vê no nascimento dos homens, e dos outros animais acima ditos, que nascem com as partes mais grossas por diante: e assim dos ovos das galinhas, e outras aves, que também assim nascem. E a razão é, que com aquelas partes mais grossas abrem o caminho, pelo qual as outras mais delgadas passam facilmente. [-] quero ainda declarar mais, em uma coisa que os homens do mar trazem outras mãos. Acostumam levar mastros à toa pelo mar, e levam-nos com as cabeças grossas por diante, porque assim vão mais levemente, que com as pontas delgadas....

domingo, 20 de julho de 2008

Diário de bordo 21/07/08.

Seguem as fotos da tarde de ontem no caixa d aço.... Ontem mais uma vez saímos da marina com a maré bem baixa, precisando fazer a volta e entrando no canal, o vento não estava favorável a velejada, mas mesmo assim fomos privilegiadas com uma excelente tarde de sol com a visita inusitada de um pingüim que se banhava nas águas cristalinas da baía de Porto Belo. Tivemos um dia ótimo e no fim da tarde nos deparamos com um veleiro de bandeira suíça, a dona saiu da cabine para nos cumprimentar e trocamos algumas palavras, contornamos o veleiro e fomos embora.....

domingo, 13 de julho de 2008

A vida é o oceano. A tristeza e a felicidade são os ventos. Os pensamentos são as pontas das montanhas, que se erguem como ilhas. A vida de uma pessoa é o seu veleiro. Uma pessoa em harmonia é aquela que sabe usar os ventos como força para se impulsionar, usar as ilhas para o seu descanso na sua jornada, apreciar o balanço das ondas, como elas devem ser, e ao final da jornada, abrir um sorriso e dizer: a viagem valeu!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Velejar é...

É......entender que pode...!!!“ ...Perder o Leme, mas nunca perder o Rumo...”, “...Desafiar as Marés e antecipar seus movimentos...”, “...Tirar do Vento sua energia, e no Mar...", "...Seguir seu destino...”, “...Convidar as Ondas para dançar e ser gentil com elas...”, “...Lavar a Alma e mergulhar dentro de Você...”, “...É ser companheiro do Vento e amigo das Ondas...”, “...Ser bem Vindo a Bordo e...”, "...Navegar em Bons Ventos... "Um Mar de Almirante a todos... (Autor Desconhecido)

terça-feira, 8 de julho de 2008

Fotos 01 - Blog.

O vento é um cavalo Ouça como ele corre Pelo mar, pelo céu. Quer me levar: escuta como recorre ao mundo para me levar para longe... Pablo Neruda

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Diário de bordo 04/07/2008.

Balneário Camboriú 04/07/2008, cheguei do trabalho às seis e meia da tarde e comecei arrumar as tralhas para velejar no sábado, passei no mercado e já comprei os mantimentos, acomodei tudo no carro junto com a caixa térmica e as velas, deixando tudo pronto para o próximo dia.05/07/2008 acordamos cedo e o tempo estava fechado, mas como o dia anterior tinha sido assim nossa esperança era do tempo melhorar e não foi diferente, logo às nove horas o sol apareceu, tomamos um café reforçado, a Sabrina terminou de arrumar a mochila dela então partimos para Porto Belo.Chegamos à marina as dez e trinta e o marinheiro Rafael já foi pegar nosso motor de popa, comecei a arrumar o Sotavento, sequei o cockpit que estava molhado devido à umidade da noite passada, com a ajuda da Sabrina carregamos os mantimentos e as cobertas a bordo, para o pernoite no caixa d aço, montei as velas e o Rafael nos largou na água, tivemos que fazer uma manobra entrando no canal para evitar os bancos de areia, contornando e saindo pela entrada do rio, mas deu tudo certo.Hoje tem um evento de lanchas em Porto Belo e a baía está bem movimentada com várias embarcações, logo após a saída do canal ancoramos perto de uma escuna de turismo que fica fundeada na baía, preparamos o barco e logo zarpamos com as duas velas em cima numa velejada de través com vento ideal, água cristalina, sol radiante, formando um conjunto muito especial, ficamos na frente da ilha treinando várias cambadas experimentando uma regulagem diferente da vela de proa que se revelou melhor em ralação a maneira que estávamos usando em outras velejadas.O que mais nos impressiona em cada vez que velejamos em Porto Belo é que nenhum dia é igual ao outro e a natureza sempre nos presenteia com algo novo.Após a velejada, baixamos as velas e partimos no motor para o caixa d aço, chegando logo procuramos um lugar seguro para ancoragem. O mar estava cristalino e nos chamava para um banho, o pessoal das lanchas nos olhava nos chamando de corajosos, mas o banho estava muito bom, eles na verdade não sabiam o que estavam perdendo. Pedimos uns petiscos pelo celular para o pessoal do bar flutuante que nos serviram a bordo, curtindo o sol e ouvindo um som apreciando os iates, lanchas e veleiros que chegam e saem todo momento. No fim da tarde começaram chegar alguns veleiros para pernoite, notei que um casal fundeou um Brasília 27, e logo depois chegou um lindo trimarã chamado Triskell de Itajaí com uma família a bordo.A noite caiu e começamos a preparar o jantar, a massa que já foi batizada por nós de Penne a Sotavento, que em outra oportunidade vou postar no blog, ficou ótima, acompanhada de um vinho tinto. Fomos dormir após a janta, tentamos ainda ver um filme no computador, mas o sono nos pegou.06/07/2008 Acordamos as oito e pouco com um dia lindo, sequei o barco que estava todo molhado enquanto a Sabrina arrumava as coisas a bordo, preparamos um café e em seguida partimos motorando para marina, na chegada novamente foi necessária uma manobra para guardar o barco, pois com a maré baixa fica bem difícil, tentamos fazer nosso caminho habitual mas demos de cara com um banco de areia, então colocamos marcha ré e fomos em direção ao canal, em frente ao rio onde era o contorno errei a entrada do canal e acabamos encalhados, sorte que foi fácil sair dali e conseguimos entrar novamente no canal indo em direção ao Rafael que estava no trator que nos esperando para nos tirar da água. Pronto, agora tudo certo e o sotavento já repousa na carreta em terra firme, agora é deixar tudo organizado para próxima velejada. Bons Ventos!