segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Diário de bordo 20/12...

Cheguei as 10h20min na marina, e já comecei a arrumar a tralha a bordo. Barco pronto fui para água num dia de sol intenso e vento. Motorei até o outro lado da ilha e levantei a mestra, logo avistei o navio “Splendor of the seas” que estava ancorado em Porto Belo desembarcando turistas, velejei e dei um bordo na proa do navio voltando até a entrada do caixa d aço, mas como o vento estava muito bom resolvi prolongar a velejada e retornei para perto do navio ficando ali o resto da manhã velejando em torno do imponente navio. Mais perto do meio dia fui para o caixa d aço ainda só na mestra e já encontrei o Gean e o Cezar do Tum Kwan que estavam entrando lá também, ancoramos junto e ficamos curtindo a tarde de sol com a visita da minha irmã e mais dois amigos que apareceram durante a tarde. Mais um dia ótimo de sol e bons ventos!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Deep Water...

No verão de 1968 foi realizada a primeira regata solo, (The Golden Globo) sem paradas... Agora será lançado o filme com a verdadeira história de Donald Crowhurst, um homem de negócios e marinheiro que morreu na competição onde tinha esperança de ganhar uma boa quantia em dinheiro. Ele foi o cara que pirou e abandonou o barco. Os jornalistas da época relataram que poderia ter sido suicídio causando uma sensação na mídia... http://www.deepwater-movie.com/

domingo, 7 de dezembro de 2008

Diário de bordo, 06/12.

Hoje, 06/12 acordei bem cedo, 5:30hs fui para casa do Gean como combinado, aguardamos o César chegar e o Juliano, ex proprietário do veleiro que iríamos buscar em Florianópolis. Saímos as 7:00 hs de Balneário chegando perto das 9:00hs em Floripa devido a vários desvios nas estradas ocasionados pelos deslizamentos de terras das últimas chuvas no estado. Na marina Santo Antônio, carregamos o barco e zarpamos motorando em direção a Porto Belo. Infelizmente pegamos vento nordeste logo de cara, nos impossibilitando a velejada, mas seguimos no motor curtindo ao máximo esse dia tão especial. O mar também não ajudou na travessia com ondas se encontrando vindo de quadrante opostos, mas a paisagem do litoral compensa, seguimos mantendo uma média de 4 nós motorando, passamos pela ilha Anhatomirim, fortaleza de Santa Cruz, Governador Celso Ramos, e depois de Tijucas, a ilha do Amendoim, arvoredo, bombinhas, 4 ilhas e em fim Porto Belo no caixa d aço onde ancoramos, mergulhamos e comemos um petisco com uma cervejinha no bar flutuante. Ao todo foram7 horas num mar nada fácil e sem possibilidade de velejada, mas com certeza uma experiência muito importante para todos nós, agora espero por melhores ventos e que essa seja a primeira de várias com o Thum Kwan. Parabéns aos amigos Gean e César pela aquisição, BV!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Diários de bordo...

Meus diários de bordo andam comprometidos, junto com as velejadas que tem sido raras nos últimos 3 meses. Como todo mundo sabe as chuvas castigaram o estado, causando enchente e deixando muita gente desabrigada, sendo a pior tragédia climática dos últimos anos. Por isso o blog ficou desatualizado, mas amanhã tudo pode mudar, pois recebi um convite para buscar um Ranger 22 em Floripa que o Gean, amigo velejador comprou junto com o Cézar, seu colega de trabalho e traze-lo até Porto Belo. A previsão é de sol e vento fraco, mas com certeza será uma experiência ótima pra mim.
Amanhã postarei fotos e o diário de bordo da travessia. BV

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Queen Elizabeth 2...

O navio de cruzeiro Queen Elizabeth 2 chegou ao píer de Getxo (Espanha) na manhã desta sexta-feira (07/11), como parte da última viagem antes da retirada definitiva da embarcação como meio de transporte para passageiros e sua reconversão em hotel flutuante em Dubai. A partir de novembro, o navio ficará atracado definitivamente em uma ilha artificial, concebida como um centro de turismo e descanso exclusivo dos Emirados Árabes. Com um comprimento de 294 metros, o Queen Elizabeth 2, de 1967, tem capacidade para 1.900 passageiros e amplas instalações, como cinco restaurantes, bares, três piscinas, sala de cinema, cassino, clube de saúde, biblioteca, centro de informática e hospital.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Os maiores veleiros do mundo...

Qual será realmente o maior veleiro do mundo? O mais recente projeto foi o Maltese Falcon, construído na Turquia pelos Perini Istambul-Yildiz Gemi. Com 87,5m de comprimento é um Clipper de três mastros com velas de 57 metros de altura. O mega iate de $100 milhões de dólares foi construído para o empresário Tom Perkins.
Até 2005 o veleiro Kruzenshtern, pertencente a marinha russa, era considerado o maior do mundo, ele foi construído em 1926 em Bremenhaffen na Alemanha sendo entregue em 1946 a marinha da URSS. Nos anos 70 passou a navio escola, onde estagiam e se formam cadetes da marinha russa. Ja ganhou não sei quantas regatas internacionais e ja fez umas quantas viagens de volta ao mundo.
O veleiro russo de quatro mastros "Sedov", também está na lista de maior do mundo, com 4 mastros.
Tem também o Club Med2, veleiro construído pelo arquitecto naval francês em Le Havre, em 1992.
BV!

domingo, 2 de novembro de 2008

Navegação à deriva - Marcus Vinicius Quiroga

quem navega à deriva sabe que há vida além dos mares nos mapas além das bússolas, astrolábios, diários de bordo além das lendas dos monstros marinhos, dos mitos quem navega à deriva acredita que há nos mares miragens, portos inesperados, ilhas flutuantes, botes e salva-vidas água potável, aves voando sobre terra, vertigem quem navega à deriva aprende que há mares dentro do mar à vista profundidade secreta, origem do mundo, poesia escrita cifrada à espera de quem lhe dê sentido quem navega à deriva se perde da costa, do farol na torre, dos olhares atentos, dos radares, das cartas de navegação imigra para mares de imprevista dicção

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Da série - É velha, mas é boa... (A volta ao mundo de Serge Testa)

Serge Testa, pela audácia de seu projeto, é considerado um dos maiores aventureiros que viveram no século passado. Em 1984 embarcou sozinho da Austrália para dar a volta ao mundo em um veleiro, o Acrohc, de 3,5 m (12 pés), construído por ele próprio. Sua missão era dar a volta ao mundo. Conseguiu fazê-lo em 500 dias e entrou para o Guinness como a volta ao mundo na menor embarcação. Mesmo sendo um navegante pouco experiente, Serge soube, com muita garra e determinação, superar o desconforto de estar à bordo de um barco pequeno ao enfrentar ventos e ondas nos oceanos que atravessou. Segundo sua descrição, o Cabo da Boa Esperança ofereceu-lhe dificuldades inesquecíveis. Serge partiu da Baia de Mossel em 20 de outubro de 1985, e no quarto dia se encontrava ao Sul do Cabo da Boa Esperança. Descreveu este dia como um dia no inferno. O vento soprava de sudoeste, e as ondas vinham de todas direções. Não eram de forma alguma moldadas pelo vento local. Faziam o que queriam, rebeldes, nem se importavam com o que o vento tentava dizer. Serge estimava que ondas de 5 metros estavam atingindo-o, mas quando um navio passou a poucos metros do Acrohc (a quem carinhosamente chamada de seu iate de 12 pés), pode avaliar que as ondas eram muito, mas muito mais altas. Deviam estar próximo a 10 m de altura. Faltaram ainda 40 milhas para chegar à Cidade do Cabo. O motor parou de vez, devido a ter ficado tanto tempo submerso. Velejando contra o vento, a 50 nós, mal conseguia manter a posição. Era a quarta noite seguida quase sem dormir, e o vento continuava a evoluir. Enquanto ventos de 70 nós inclinavam o Acrohc em 45 graus, Serge batalhava contra o sono e contra o vento. Depois de 6 horas de luta mal conseguia manter o veleiro em sua posição. Depois soube que o vendaval foi dos mais fortes que a Cidade do Cabo viu no últimos anos. Causou danos espetaculares. Muitos iates foram arrancados de suas amarras, residências destelhadas, árvores e carros tombados. Também uma frota participando da Regata Whitbread ao redor do mundo, estava se aproximando da Cidade do Cabo nesta ocasião. Um chegou sem mastro, e vários outros foram danificados. Mas se voce, leitor, insistir em repetir os feitos de Bartolomeu Dias e Serge Testa, escolha os meses de verão. Serge Testa o fez durante o verão, e pode contar que viveu um dia de inferno. Quem arriscar fazê-lo no inverno, talvez nem possa contar nada.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Aleixo Belov...

Esse cara realmente é uma figura, pois é Ucraniano de nascença, mas brasileiro de coração e agora está se preparando para quarta volta ao mundo, mas dessa vez não é no veleiro Três Marias, mas sim num verdadeiro navio que ele acaba de construir. O brinquedinho novo tem nada mais nada menos do que 12 acomodações para pernoite e todos os eletrônicos e motor duplicados. Loucura! olhem esse vídeo que vou postar. Na revista náutica desse mês tem uma reportagem sobre ele...abraço a todos e BV.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A Incrível Viagem de Shackleton, Alfred Lansing...

Acabei de ler o livro que conta a famosa viagem de Shackleton, com certeza o melhor que já li, uma lição de liderança, organização e coragem.
O escritor Alfred Lansing reconstitui, em 1959, uma das mais extraordinárias aventuras de todos os tempos, acontecida entre 1914 e 1917. A partir de documentos e entrevistas com sobreviventes, ele descreve de forma absolutamente envolvente, a saga de aventura, resistência e sobrevivência de Sir Ernest Shackleton e de seus 27 companheiros que tinham como objetivo cruzar o continente antártico, passando pelo Polo Sul.
O livro, originalmente lançado em 1959 com o título Endurance, Shackleton´s Incredible Voyage, teve a sua edição no Brasil apenas em 2004, publicada pela Sextante e com tradução de Sérgio Flaksman. Nele é contada a história da Expedição Imperial Trans-Antártica, organizada por Shackleton em 1914, pouco antes da Primeira Guerra Mundial.
A Expedição, sob o comando de Shackleton, um irlândes irriquieto, sonhador e audacioso, e que havia sido um daqueles poucos homens que haviam sonhado em ser os primeiros a pisar no Pólo, deixou Londres no mês de agosto de 1914, retornando apenas em 1917, depois de incríveis aventuras, demonstrações de liderança, de coragem, de solidariedade e amizade, e de capacidade de sobrevivência, que ficaram registradas de forma indelével nos anais de expedições, aventuras e navegação.
Shackleton havia participado da expedição de Scott de 1901-1904, mas teve que voltar à Inglaterra por razões de saúde. Organizou outra expedição para chegar ao Pólo Sul, em 1908-1909, mas, novamente, não conseguiu cumprir o seu intento, chegando a cerca de 150 quilômetros de seu objetivo. Finalmente, depois de planejamento meticuloso, organizou outra expedição, aquela que deveria chegar ao Pólo Sul cruzando por terra a Antártida: a Expedição Imperial Trans-Antártica.
Shackleton e os membros da expedição, que incluia navegadores, pilotos, maquinistas, médicos, meteorologistas, marinheiros e um geólogo, um físico, um biólogo, um desenhista e um fotógrafo, partiu de Londres no dia 1o. de agosto e chegou na Geórgia do Sul, na ponta extrema da América do Sul, além das Ilhas Falkland, nos primeiros dias de dezembro de 1914. A partida de seu navio, o agora famoso "Endurance", em razão dessa epopéia, para a "incrível jornada", ocorreu no dia 5 de dezembro do mesmo ano. Navegaram pelo Atlântico Sul, passando pelas Ilhas Sandwich do Sul, cruzaram o Círculo Antártico e se viram aprisionados, no dia 18 de janeiro de 1915, por um banco de gelo, já na Baía Vahsel, no Mar de Weddel, a apenas um dia do ponto de desembarque planejado.
Este evento, o banco de gelo, é o prenúncio de grandes problemas que surgirão à frente e o início de uma epopéia que se desenrolará nos meses seguintes. Apesar do "Endurance" ter sido construído especialmente para a navegação em condições polares, ele não conseguiu superar o rigor do inverno inclemente, de forma diferente dos homens, que resistiram bravamente.
Depois de vários meses preso no banco de gelo compacto, e que ficou à deriva durante meses, o degêlo da primavera só fez piorar a situação e o "Endurance" acabou sendo esmagado como uma casca de noz pela pressão fortíssima dos grandes blocos de gelo despreendidos do banco e acabou naufragando no dia 27 de outubro de 1915.
A partir daqui, toda a tripulação inicia uma marcha de sobrevivência pelas banquisas de gelo. Acampados em condições precarríssimas na banquisa, tendo apenas parte das provisões e equipamentos, iniciam um período de quase 6 meses à deriva no Mar de Wendell, depois de tentativas infrutíferas de chegar a pé até o continente.
Nova decisão crucial teve que ser tomada no dia 9 de abril de 1916: três pequenos botes salva-vidas são lançados ao mar para que com eles, chegassem todos ao continente na esperança de encontrar baleeiros.Com as correntes marítimas e o mar turbulento da região, com tempestades fortes acontecendo quase que diuturnamente, a idéia precisou ser abortada rapidamente e todos fundearam, depois de alguns dias, na Ilha Elefante, em pleno Mar de Weddel.
Uma nova decisão, que representava a vida ou a morte de todos teve que ser tomada em seguida. Permanecendo na Ilha, era mais do que provável que todos morressem em poucos dias ou semanas. Por essa razão, Shackleton, demonstrando uma incrível liderança, e mais cinco companheiros, instalados no barco "James Caird", decidem procurar ajuda, tentando chegar novamente à Geórgia doSul, de onde haviam partido meses antes.
Partem, então, no dia 24 de abril, nesse pequeno barco de 22 pés de comprimento ("míseros" 7,2 metros), para uma viagem de aproximadamente 1.500 quilômetros, a fim de buscar ajuda para aqueles companheiros (22 deles) que permaneceriam na Ilha Elefante. Conseguem, com muito esforço, vontade e uma boa dose de sorte, chegar a seu destino apenas no dia 10 de março de 1916, exatos 522 dias depois de terem partido de lá, surpreendendo a pequena colônia de pescadores ali residentes, que acreditava que eles deveriam estar todos mortos já há muito tempo.
Se haviam chegado sãos e salvos até ali e até agora, a preocupação angustiante que tinham a partir desse momento, era a de iniciar o retorno numa expedição de salvamento dos companheiros que haviam ficado na Ilha Elefante. Em razão do tempo e da necessidade de barcos resistentes, só conseguiram sair de lá no dia 18 de maio de 1916.
A viagem de volta foi mais do que angustiante. A expedição, agora de apenas três homens, planejada para fazer o resgate por terra foi cansativa, exaustiva e massacrante em termos físicos. Shackleton seguia sempre na frente, imprimindo um ritmo forte à caminhada. O mapa que tinham em mãos era impreciso e incompleto.Só havia a costa da Geórgia do Sul e nada mais. O interior era o que se via continuamente: tudo estava em branco. O objetivo definido era o de chegar até a estação baleeira, alguns quilômetros adiante, para tentar conseguir um navio baleeiro para chegar, de volta, à Ilha Elefante (mas antes disso, ainda fazer o resgate dos 3 outros companheiros que haviam ficado num acampamento provisório).
O primeiro salvamento ocorreu sem incidentes de monta. Os três retidos no acampamento provisório chegaram sãos e salvos no dia 22 de maio, depois de serem resgatados por um baleeiro.
A segunda parte do salvamento, os homens deixados na Ilha Elefante, ainda demorou quase 5 meses, com várias tentativas abortadas e que trouxeram muita frustração. Somente conseguiu-se chegar na Ilha Elefante no dia 30 de agosto de 1916, surpreendendo de maneira estonteante aqueles 22 homens remanescentes de uma expedição frustrada. De maneira absolutamente incrível todos os 28 homens, sãos e salvos, mas com marcas que serão recordadas por toda a vida, retornam a Londres no prenúncio de um novo ano: 1917!
Por essa epopéia e por sua capacidade de liderança, Shackleton é tido como um dos maiores líderes que já surgiu.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A regata de volta ao mundo em solitário...

Meu contato e interesse pela vela é recente, as regatas não fazem parte da minha vida, mas acredito que qualquer mortal ao ver como funciona a Vendée Globe se impressiona com a grandiosidade dessa regata, pois além de ser em solitário não tem assistência como a Volvo Ocean Race.
Por isso indico a parte de vídeos do site oficial, vale a pena conferir: http://www.vendeeglobe.org/

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

CONSTRUÇÃO NAVAL

As embarcações mais antigas eram feitas de junco e asfaltadas, mas também se construíam barcos de madeira, quer a remos, quer à vela. Um sistema de cordas unia firmemente as tábuas da embarcação. A vela, inventada no Egipto, facilitou o transporte a longas distâncias e as trocas comerciais. Há muito que os barcos eram conhecidos quando foi usada pela primeira vez a força impulsionadora do vento. Muito antes das viagens de exploração marítima já se tinha desenvolvido a técnica de construção de barcos para navegação no alto mar. Desde o século XI que a evolução da tecnologia naval se tornou indispensável para o desenvolvimento do comércio. Os habitantes das cidades portuárias foram pioneiros não apenas nas técnicas de construção e propulsão naval, mas também nos métodos de navegação. Verificaram-se avanços importantes nas técnicas navais: a tonelagem dos navios aumentou; elevou-se a capacidade de cargas; os lemes laterais foram substituídos por lemes de popa, mais resistentes e práticos de manejar; o velame passou a incluir a vela latina; o astrolábio e outros instrumentos para medir a inclinação das estrelas foram aperfeiçoados. Na Grécia, a construção de barcos grandes e velozes desempenhou um papel importante no desenvolvimento da navegação, dos sectores de artesanato a ela ligados e dos contactos entre as diferentes regiões. Tanto os árabes, como os indianos e sobretudo os chineses deram um grande impulso à qualidade da navegação. Os construtores navais indianos eram notáveis técnicos e os árabes recorreram por vezes a eles para construir os seus próprios barcos. Os progressos na construção naval constituíram uma característica notável da tecnologia chinesa; navios de todos os tipos eram construídos ao longo dos rios e da costa. Os construtores navais chineses foram durante séculos os mais avançados do mundo. A sua tradição na navegação oceânica manteve-se durante mais de mil anos. Os barcos chineses providos de três a doze mastros usavam velas quadradas, mas eram movidos também a remos; enfrentavam os ventos e as vagas; a qualidade da orientação repousava sobre a bússola. Os estaleiros do governo chinês dedicavam-se à construção de vasos de guerra e de barcos transportadores de cereais, sendo as docas civis a construir navios comerciais e de recreio. Face às características físicas das embarcações de transporte marítimo é útil focar as espécies das principais matérias-primas necessárias para pôr uma nau a navegar. Em primeiro lugar, um barco consumia uma avultada quantidade de toneladas de madeira. Além da madeira era necessário dispor de lonas para as velas e um conjunto de cabos grossos de cânhamo. Era também indispensável o ferro, sendo deste metal as âncoras, as roldanas, os pregos para unir as tábuas e outras peças. No fabrico duma nau entravam ainda pez, breu, resina, revestimentos de estopa para calafetar juntas. A construção de navios exigia a ampla participação de sectores de artesanato. No século XV, os barcos de alto mar eram de dois tipos distintos: a galera a remos e as naus a velas. A galera servia tanto para barco de guerra como navio mercante. As galeaças, equipadas com remos e velas, serviram as cidades de Veneza e Génova, e mantiveram-se até ao século XVIII. Entretanto, portugueses e espanhóis construíram a caravela, nau de pequeno tamanho, largo, com popa elevada, munida de velas que permitiam navegar contra o vento, e equipada para as viagens através do oceano. O avanço na técnica de construção naval e a elaboração de cartas náuticas com rigor e com direcções indicadas por bússolas permitiram viajar com confiança por amplas extensões de mar aberto. Conheceram-se cartas náuticas, de autores árabes dos séculos XIII e XIV, a descrever a costa africana. A introdução do leme vertical permitiu alargar a capacidade e carga dos navios, o que influiu na expansão do comércio externo. À bússola, já conhecida dos navegadores há vários séculos, juntou-se o telescópio e o cronómetro de bordo, rapidamente adaptados à navegação. As grandes descobertas geográficas do século XV foram possíveis devido à aplicação destes conhecimentos científicos, que melhoraram as condições de navegação. O uso das velas latinas triangulares tornou as caravelas adequadas para singrar contra o vento. A formação dum corpo de profissionais aplicados apenas, e com permanência, à construção naval só se torna realidade à medida que se alarga a função da marinha mercante no tráfego oceânico. A técnica de construção naval envolvia arquitectos navais, carpinteiros e calafates especializados. A geometria desempenhou um papel significativo na determinação da forma dos navios, antes de se cortar a madeira. No final do século XV, o arsenal de Veneza era um autêntico estaleiro naval onde se construíam e reparavam navios mercantes e de guerra. Uma instalação de construção naval, no seu apogeu, chegava a dar trabalho a 16 mil artífices, tornando-se uma das primeiras indústrias europeias. Na Europa, século XVI, a necessidade de dispor de frotas para o transporte de mercadorias, proteger o comércio, para a defesa metropolitana e as conquistas ultramarinas, contribuiu para o desenvolvimento da construção naval. Em Portugal, entre os séculos XV a XVII, verificou-se uma melhoria constante na evolução da construção das embarcações à medida que iam sendo enfrentadas as enormes dificuldades surgidas durante as numerosas viagens dos navegantes.

domingo, 28 de setembro de 2008

Diário de bordo 28/09...

Sábado, acordei bem cedo e na janela vi a chuva caindo me deixado bastante triste pois a muito tempo o tempo não ajuda, mas como diz o ditado “A esperança é última que morre”, me arrumei e peguei uns amigos para irmos até a marina conferir de perto. Chegamos na marina com água batendo, mas na parte da tarde o sol apareceu então zarpamos no motor rumo ao caixa d aço, já na ida a chuva voltou novamente e com vela em cima velejei em baixo d água pela primeira vez com o sotavento pois a fissura era grande. O Sotavento se mostrou um grande navegador, valente e nos trouxe com segurança para marina. Agora seguimos na poita aguardando o sol...BV!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Meio ambiente, faça sua parte...

Você Apóie e participe de iniciativas e ações contra a destruição de nossas florestas; Estimule e incentive o plantio de árvores; Não jogue lixo no mar, rios, córregos ou sangas; Ajude a recuperar a as áreas verdes do seu bairro; Pressione governos e empresas a substituírem a energia negativa (petróleo, nuclear e grandes hidrelétricas) por energia positiva (solar, eólica, pequenas hidrelétricas, biogás); Faça doação de seus livros usados à bibliotecas, escolas, museus,etc., pois alguém poderá estar precisando deles. Assim estaremos economizando arvores que seriam transformadas em papel. Transporte Prefira o transporte público. Além de ser menos poluente, você evitará parte do estresse do dia-a-dia; Use bicicleta ou caminhe sempre que possível. É saudável e você estará estará contribuindo para um planeta mais limpo; Seja solidário com quem você conhece e de carona, assim estará reduzindo a circulação de veículos no trânsito e auxiliando no combate a poluição por gás carbônico; Se não houver ciclovias, fale com seus representantes políticos para que as construam; Para viagens curtas a trabalho ou de turismo, prefira o ônibus. Carro Faça sempre uma revisão do seu carro. Além de evitar possíveis dores de cabeça, um carro que funciona corretamente consome menos combustível e menos gases causadores do efeito estufa; Calibre bem os pneus do seu carro. Os pneus bem calibrados evitam um consumo excessivo de gasolina e dão mais segurança; Ao comprar, dê preferência aos veículos flex e que sejam mais econômicosômicos; Se puder, abasteça com álcool e não com gasolina. Em casa Procure sempre comprar aparelhos eficientes em consumo de eletricidade; Desligue as luzes dos ambientes não utilizados; Retire das tomadas os aparelhos em stand-by (os que ficam com as luzinhas vermelhas acesas); Instale painéis solares para aquecer a água. A longo prazo, você poupará energia e dinheiro; Substitua as lâmpadas principais da casa por lâmpadas fluorescentes compactas, consomem 75% a menos que as convencionais; Não jogue o óleo de frituras na pia, solo ou esgoto, pois cada litro contamina cerca de 5.000 litros de água potável. Armazene-o em garrafas plásticas e destine-o a reciclagem; Informa-se sobre as habitações ambientalmente corretas, que aproveitam água da chuva, usam a energia do sol para iluminação e aquecimento, e tem climatização natural; Quando reformar ou construir sua moradia, planeje o armazenamento de água utilizada no chuveiro (banho), pia, máquina de lavar roupa e chuva que cai no telhado, conduzindo-as para cisterna(s) que permitam sua reutilização em descargas de banheiros, lavação de pisos e calçadas, veículos, regas de jardins,etc. Desligue o chuveiro quando estiver se ensaboando. No trabalho Verifique se as luzes estão desligadas ao sair; Seja ativo: forme uma comissão para verificar como a empresa pode gastar menos energia; Mantenha os aparelhos de ar condicionado a 25º C; Verifique se os aparelhos de ar condicionado estão na sombra. Eles consomem 5% menos se não estiverem no sol. Fonte:INPE– Instituto Nacional de Pesquisas EspeciaisGreenpeaceIPCCWWF

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Diário de bordo 13/09.

Domingo, sol, saímos cedo da marina motorando bem devagarzinho, montei a vela de proa e o resultado não foi dos melhores, então já preparei a mestra e o nosso rendimento foi melhorando, o vento aumentou e velejamos muito bem em frente à ilha por um tempo. Ao meio dia baixamos as velas e motoramos para o caixa d aço, o veleiro mistralis estava lá aproveitando o domingo de sol para secar as coisas no convés, pois a semana tinha sido novamente de chuvas intensas, conhecemos também o casal dono de um Delta 32 chamado "Mood Indigo" que fica apoitado ali, pessoal gente fina, inclusive ele o André estava de viagem marcada para A refeno logo no próximo final de semana, realmente um privilegiado, permanecemos ali até as 14h45min e levantamos a vela de proa em direção a ilha novamente, porém fazendo a volta por trás dela numa velejada deliciosa rumando para marina e torcendo novamente por um próximo final de semana com sol, pois vai ter uma regata de floripa até B. Camboriú que quero acompanhar... BV!

sábado, 13 de setembro de 2008

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Diário de Bordo 07/09.

O domingo amanheceu com bastante sol, vento, condições perfeitas para uma velejada, fomos tarde para marina, chegando lá perto das 11h00minhs. A Sabrina não queria sair, pois precisava estudar, então convidei o Gean que estava perto da marina para uma velejada. Testamos uma vela Tormentin que eu nunca tinha montado, ela realmente deve servir para seu propósito, mas para uma velejada com sol não vale a pena porque é muito pequena. Montamos a mestra e a Genoa, velejando até o outro lado da ilha, mas o vento parou. Motoramos até o trapiche próximo a praia para buscar mantimentos (beer) e rumamos para o caixa d aço, chegando lá o número de lanchas era impressionante, parecia temporada de verão, ficamos ali até as 16h00minhs. Voltamos para marina velejando só com a vela de proa curtindo o final da tarde. Um ótimo dia de sol. BV.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

“Fram” o Navio dos Pólos...

A escuna “Fram” serviu primeiro o explorador Norueguês Fridtjof Nansen, na sua tentativa de chegar ao Pólo Norte, numa expedição que duraria de 1893 a1896. Este excelente navio foi projectado e desenhado pelo próprio Fridtjof Nansen ajudado pelo então famoso construtor naval, o escocês Colin Archer. Rolande Amundsen, também norueguês, viria a utilizar o “Fram” na sua expedição para conquistar o Pólo Sul, o que viria a conseguir em 14 de Dezembro de 1911. O “Fram” é considerado por muitos navegadores e exploradores como um dos mais importantes navios na história da exploração. Actualmente conservado no Museu Fram, especialmente construído para o efeito, perto de Oslo, na Noruega, o “Fram” foi concebido para suportar a pressão esmagadora do gelo quando as águas do Oceano Árctico congelassem à sua volta. O casco tinha «uma forma maciça e arredondada», os costados eram abaulados, e o fundo plano. A pressão criada pela dilatação da água ao congelar erguia o navio, colocando-o sobre o gelo compacto que então se formava. O casco era extremamente resistente (espessura dos costados mediava entre 60 a 70 cm) e apresentava superfícies totalmente lisas, que não permitiam a acumulação do gelo em nenhum ponto. O interior do casco estava forrado com tábuas de pinho de 10 a 20 cm de largura. Reforçavam o costado duas camadas de pranchas de carvalho de 7 cm de espessura. Exteriormente o navio era protegido por aquilo a que Nansen chamou uma «pele contra o gelo», que consistia num revestimento macio de “Greenheart”, uma árvore perene de grande durabilidade. Para reforçar o casco, o convés inferior foi construído ligeiramente abaixo do nível da linha de água, onde a pressão do gelo seria maior. A quilha feita de dois barrotes de Olmo americano, cada um dos quais com secção quadrada de 35 cm de largura, era protegida pelo revestimento de “Greenheart” e sobressaía apenas 7 cm sob o fundo – uma preocupação para que a quilha não fizesse o navio adornar quando se este se encontrasse sobre o gelo. Reforçado com vigas de carvalho e pinheiro, o porão assemelhava-se «a uma teia de traves, escoras e braços»; fora concebido para poder transportar um abastecimento de 380t de carvão suficientes para quatro meses, e viveres e equipamento para 13 homens e 34 cães durante cinco anos. A quantidade de carvão era mínima, uma vez que a escuna deveria seguir à deriva, levada pelo gelo durante a maior parte da viagem. Nansen pretendia que o navio fosse simples e resistente, pois haveria apenas 13 homens para o manobrarem. O mastro grande media cerca de 24m de altura e o cesto da gávea encontrava-se 31m acima do nível da água, para que o vigia pudesse ver a grande distancia «quando chegasse a altura de abrir caminho através do gelo». O navio estava ainda equipado com um motor de 220 cv. A boa disposição e saúde de que gozava a tripulação devia-se muito ao facto das paredes do “Fram” serem hermeticamente isoladas com feltro alcatroado, cortiça e linóleo. O tecto estava isolado com uma camada de 28 cm de pele de rena e outros materiais e o pavimento com outro revestimento de cortiça de 15 cm de espessura. Em anteriores viagens de outros navios ao Árctico haviam-se formado sempre gotas de água devido à condensação, que escorria pelas paredes, caído muitas vezes sobre os beliches dos homens, onde por fim congelavam. Nesta viagem., porém, a tripulação estava resguardada e confortável. Nansen escreveu orgulhosamente: «Quando acendíamos uma lareira no salão, não havia vestígios de humidade nas paredes, nem nos camarotes». - Texto adaptado do livro “Os Grandes Exploradores de Todos os Tempos”, Selecções do Reader`s Digest. António Lemos. O “Fram” foi, sem dúvida, um grande navio que serviu dois grandes exploradores do Árctico e do Antárctico, ambos Noruegueses, Fridtjof Nansen e Rolande Amundsen. Um amante do mar e apaixonado, como eu, por toda literatura que relata a relação entre os homens e o mar não podia deixar de render esta homenagem a tão Histórico Navio - o “Fram”. António Lemos

domingo, 31 de agosto de 2008

Diário de bordo 30/08.

Sábado, chegamos à marina as 10h30minhs e com a maré bem cheia logo estávamos na água, motoramos até os barcos de passeio e ancoramos ali. Montei o leme, mas o vento era bastante forte vindo do sul. Fomos até o caixa d aço, e o vento não dava trégua, várias lanchas chegavam a toda hora, pois fazia muito tempo que o sol não aparecia nos sábados. Curtimos o dia de sol, mas o vento não nos possibilitou uma velejada segura. Na volta até a marina vimos o veleiro Mistralis, eu já o conhecia por fotos e algumas navegadas no Orkut, onde foram postadas as fotos da reforma e o site sobre o projeto www.mistralis.com Chegamos perto do veleiro e logo o pessoal da tripulação chegou, três pessoas, subiram a bordo, mas acho que ficaram um pouco receosas com nossa presença, então rumamos para marina. Verão, chega logo! BV!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Horizontes...

"Cheguei a uma fase da minha vida que a gente vê com clareza que ganhar dinheiro não é um objetivo, mas apenas um meio. O melhor da vida, o amor, a amizade, o mar, as coisas belas da natureza são grátis. Larguei tudo e parti" Aleixo Belov A Volta ao Mundo em Solitário

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Diário de bordo 17/08.

Ontem, domingo, acordei bem cedo e fui direto para marina, chegando lá me espantei com o que a natureza é capaz, pois a maré tinha baixado muito a ponto de deixar as canoas de pesca que ficam apoitadas na praia completamente na areia. Então eu tinha um lindo dia, mas sem condições de sair. Eu e o Rafael preparamos um chimarrão e ficamos admirando a maré encher aos poucos, perto do meio dia ele me largou na água e meu motor de popa mercury 3.3 me deixou na mão novamente. O Rafael voltou pra me ajudar, mas não deu certo, ele chegava a dar partida, mas logo morria e o Luís na praia estava muito nervoso, gesticulando, pois um grupo de turistas esperava para fazer um passeio de lancha então falei para o Rafael ir. Como a maré estava baixa era quase impossível sair na vela, mas tentei, levantei a vela de proa e o vento nordeste entrou varrendo acabando com minha alegria, senti o drama e velejei somente até a entrada do rio. Na volta do passeio de lancha pedi para o Rafael me rebocar até a frente da marina me recolhendo em seguida. Na marina, o Rafael abriu o carburador do motor e fez uma limpeza, foi bom que peguei a manha de abri-lo, depois testamos e tudo certo, ta novo. Esse domingo não foi dos melhores, e continuamos torcendo por tempo bom. BV!

sábado, 16 de agosto de 2008

Chove, chuva....

Três finais de semana sem vela...a chuva não da trégua aqui em Santa Catarina, amanhã 17/08 a previsão é de sol...continuamos na poita....

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Navegando em casa...

Isto mesmo...literalmente...olhe o detalhe do motor !!!!!!!!
fonte: cort9.

sábado, 9 de agosto de 2008

Barco à vela...

Aqui na terra, a vida e aglomeração; lá fora, sobre as águas, está a liberdade. Aqui, o mundo nos acompanha demasiadamente, lá fora estamos sozinhos. Uma milha longe e nos encontramos num mundo exclusivo para nós, e que mundo ! Um mundo de águas, vento e céus. Um mundo de inesgotável e poética beleza. Um mundo lunático e caprichoso talvez, porém sempre nobre e cavalheiro; às vezes terrível, às vezes bondoso, triste a alguns, alegre a outros. Algumas vezes deprimente, ameaçador, louco e perigoso, porém sempre dando novamente a face, jogando a partida com as cartas a descoberto. Este mundo das águas não se pode encontrar à bordo de uma embarcação a motor. O motor leva consigo parte da costa e da trepidante terra. Um barco a motor ronca como o estridente barulho de uma cidade, vibrando ao compasso de uma era mecanizada; e o que é pior, se perde a emoção do jogo como quando se usa dados falsos. Não. O mundo das águas não se pode descobrir com um motor, mas sim com uma vela, pois aquele mundo de águas e céu, ventos e ondas não está somente ao nosso redor, senão que forma parte de nós mesmos. Se te combate também te estimula, és tu o motor, tanto como tua própria resistência, à salvaguarda ao mesmo tempo de teu inimigo. Das coisas construídas pelo homem nem uma é tão atrativa como um barco á vela, É algo vivo com alma e sentimentos próprios, obediente como um cavalo de sela, leal como um cão. Cada barco à vela tem um caráter individual, nenhum construtor conseguiu fazer duas embarcações exatamente iguais, as medidas podem serem as mesmas, a diferença está no temperamento. Os veleiros são ajuizados, demonstram uma profunda sagacidade tirada do vento e das ondas e transferem esta sagacidade a um timoneiro atento e cuidadoso. Sim, são ajuizados, porém se és mesquinho ou vil, covarde ou descuidado, soberbo ou cruel, podes estar seguro que tua embarcação o descobrirá. Quando em apuros na tempestade ou na adversidade, nenhum barco deixará de fazer o máximo esforço quanto lhe peça seu patrão. Talvez seja um esforço de pobres resultados, por ser um barco velho, podre e fazendo água como uma cachoeira. Porém sempre, até que suas desvantagens sejam demasiadas, entrará galhardamente na batalha. Ganhará se possível, senão morrerá lutando. Manejar esta gloriosa criação humana, ser seu dono e seu amigo, internar-se com ela no lindo e caprichoso reino do mar é a mais nobre e compensadora das artes. Porque dá mais do que se pode adquirir com dinheiro: humildade e confiança em si mesmo, valentia e bondade, força e delicadeza . Este é o presente ao navegante. O canhonaço que anuncia sua vitória quando cruza em primeiro lugar a linha de chegada de uma empenhada regata, soa como música divina. O doce calor de seu interior, a uma milha a dentro do mar frio e cinzento é o mais confortável dos lugares. Mar afora, quando estamos em nosso ambiente, sozinhos com nosso barco e com as estrelas, as preocupações da vida e da costa se reduzem rapidamente às proporções verdadeiras. O desporte do navegante nunca termina, tanto desfrutam os velhos como os jovens tanto é agradável no inverno como no verão, pois o frio ou o calor não opõe barreira alguma aos seus planos. Nunca se acaba de aprender, aos que viverem mil anos não poderiam conhecê-lo todo. A Arte da navegação à vela é tão antiga como a humanidade e tão nova como os caminhos da Lua. H. A. Calahann - 1930

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Porto Belo2...

Não me canso de postar fotos do lugar onde velejamos pois realmente é um lugar privilegiado, a natureza foi abençoada e tudo isso é só pra nós.... Fotos enviadas por um amigo velejador, Gian....Valeu! E torcendo para tempo bom no final de semana... BV

"Nunca deixe de sonhar!

Pois, se isso acontecer,

você continuará vivendo,

mas terá deixado de existir!"

Mark Twain

domingo, 3 de agosto de 2008

Diário de Bordo 02/08/08.

Hoje fomos um pouco mais tarde para marina, pois na parte da manhã o tempo continuava chuvoso e não nos possibilitaria um dia de velejada, por isso resolvemos fazer uma faxina no Sotavento, pois o mofo tinha se alastrado no teto da cabine devido as últimas chuvas aqui em Santa Catarina. Tirei os estofados e a tralha toda para fora, a Sabrina limpou o estofamento enquanto eu limpava o teto da cabine e depois por fora. O Sotavento estava merecendo essa manutenção, agora ele descansa para o próximo final de semana que com certeza será de muito sol e ótimos ventos.

domingo, 27 de julho de 2008

Diário de Bordo 26/07/08.

Ontem 26/07/08, saímos de casa as 10h00min, e chegamos à marina às 10h30min. O pessoal que comprou o veleiro Zen estava lá preparando o barco para sair no motor, o vento estava fraco então pedimos para o Luís nos largar na água e depois montaríamos as velas. A maré estava alta não sendo necessária a manobra pelo canal. Logo avistamos os pingüins que nesta época do ano saem da Patagônia Argentina e entram em rota de migração. Eles seguem as correntes de água geladas que vem da Antártida e chegam ao litoral do Brasil, principalmente na Região Sul, e não eram poucos, no mínimo 30 estão em Porto Belo, ficamos admirando os animais que estavam alimentando-se. Montamos as velas e saímos com vento de través, porém bem fraco, velejando em torno dos pingüins em frente à ilha de Porto Belo, a cena era linda, esses animais são ótimos mergulhadores e nos propiciavam um show à parte. O vento melhorou e a velejada ficou ótima. Resolvemos partir para o caixa d aço às 13h30min, liguei o motor e baixamos a vela de proa, seguindo no contra vento, me posicionei de maneira a aproveitar o vento da melhor maneira desligando o motor, mas o contra vento não estava fácil, pois o vento aumentou bastante, velejamos até onde dava e resolvi baixar a mestra e fui motorando até o caixa d aço. Chegando lá avistamos dois veleiros de bandeira francesa com três tripulantes e um cachorro, ancoramos perto deles e começamos arrumar algumas coisas no barco. Em seguida buscamos o irmão da Sabrina e a Andréia no Píer do Araçá (Prainha), e fomos para o bar flutuante do Eric, logo os Franceses chegaram e trocamos uma idéia, eles partiram da França para o Brasil, depois iam para Buenos Aires e Patagônia. As 4h seguimos para Marina motorando.